MIDIAS PARA EDUCADORES E FORMADORES

La vida que voa!!!

Fábula de La Fontaine

A FÁBULA DA MUDANÇA

La Fontaine

Uma Abelha Rainha saiu para um vôo e viu um monte de formigas agarradas umas as outras, boiando sobre a água. Curiosa indagou à formiga, que ela naturalmente reconheceu como a rainha deles, e perguntou:
“Minha Senhora, o que faz como viaje assim desprotegida? O que aconteceu com o teu reino?”
“Minha Senhora”, respondeu a Formiga Rainha, não sem pompa, mas com certa irritação por ter de dialogar com aquela jovem, “estamos sempre de mudança. Quando é tempo de enchente, as águas destroem meus muros e temos de nos mover e reconstruir tudo.”
“Incrível, eu lamento a tua sorte”, ela disse e se despediu. Quando voava para longe ouviu a Rainha Formiga se despedir e ao mesmo tempo parecia que ela falava com a voz de todas outras formigas: “Que vida fácil tem, podendo se dependurar no alto de árvores. Adeus.”
Continuou voando a Abelha Rainha até que viu uma Aranha, cuidadosamente tecendo uma teia. Quando dez dos cem olhos da aranha se focaram nela, disse tímida:
“Oi!”
“Eh?”, assustou-se a aranha que agora a fitava com noventa e nove olhos, ”quem vem lá? Uma vespa?”
“Não, não. Eu sou uma Abelha R..., uma Abelha qualquer.”
“Ah, ainda bem. Mas o que você quer minha jovem?”
“Apenas admirando! Suas teias são tão famosas, tanto quanto o meu mel. É maravilhosa. Dizem que são impossíveis de serem quebradas!”
“Hah! Quem me dera! Eu tinha uma teiazinha, que gracinha! Perfeita, com vista para as montanhas e quando o sol se punha, os fios brancos brilhavam alaranjados. Então, ontem, uma onça maluca resolveu caçar uma anta! Que desastre, saiu onça montada em anta, correndo por tudo quanto é lado, e “vush”, passaram bem no meio da minha teia. E cá estou, tendo de reconstruir tudo, nesse lugarzinho de segunda classe cuja melhor vista que tenho é aquele tronco velho e carcomido que uns queixadas usam para se coçar.”
“Ai meus deuses”, disse a Abelha e saiu voando dali, tão desconcertada que nem ouviu a aranha dizendo suavemente:
“Mas se você gostou da teia, porque não chega aqui perto e brinca um pouco com ela. Eu não ligo, vem.”
A Abelha Rainha sentia-se tão perdida que viu um jabuti andando pela mata.
“Ele nasce com o casco. Com o casco morre. Nunca muda. Deve ser o ser mais feliz do mundo, pois nunca tem de mudar e mudar parece ser só causado por desastres.”
Como se sentia cansada ela sentou-se no casco do jabuti e ficou ali meditando. Acabou dormindo um pouco e com os olhos entreabertos percebeu algo que nunca havia antes percebido. Quando não havia ninguém olhando, o jabuti movia-se bem rápido. Parecia mais ligeiro que um veado campeiro e mais ágil que um macaco prego. E ela notou que ele trocava de casco rapidamente, sempre por um mais confortável. Na hora que ela, cheia de curiosidade, disse:
“Oi”, ele voltou a se mover lento, lento como sempre.
“Oi?”, respondeu o jabuti depois de alguns minutos.
“Desculpe-me a impertinência, mas eu noto que você muda muito pouco. Isso deve ser porque você é muito feliz, não?”
O jabuti coçou a cabeça e sorrindo de um jeito misterioso disse:
“Mudar só causa tristeza quando não mudamos na hora certa. E permanecer o mesmo só é bom se não é hora de mudar.”
“Mas você...”, ela continuou e o jabuti piscou para ela e disse:
“Todos temos segredos, temos de parecer com algo que não somos. Assim é a vida. A Onça pintada é na verdade listrada e os jacarés realmente choram. Mas eu não fico perguntando, o que faz uma Abelha Rainha tão longe da colméia, fico?”
“Não”, disse a Abelha que levantou vôo, “adeus”. O jabuti respondeu adeus, mas demorou tanto que quando havia terminado a Abelha Rainha já estava bem longe dali.
Ela voou e percebeu que estava realmente muito longe de casa. Estava em um campo florido e ficou impressionada: no ar havia um perfume de rosas, lírios, cravos, madressilvas, orquídeas, margaridas; e ela pensou que havia encontrado o paraíso das abelhas. Então o sol começou a sumir e ela viu aquele brilho maravilhoso.
Quando anoiteceu ela perguntou um morcego que por lá passava e encontrou o caminho de casa. Entrou no quarto dela e ficou meditando. Quando acordou finalmente viu a colméia, sua primeira colméia, ainda pequenina. Várias abelhas entrando e saindo. Era um lugar bom. Então chamou o zangão-mor:
“Sim, majestade?”, ele disse.
“Vamos, reúna todos os nossos, carregue os nossos ovos. Vamos embora.”
“Para onde?”, perguntou o Zangão, que podia até achar estranha aquela idéia, mas zangões não costumam argumentar com Abelhas Rainhas.
“Para oeste. Eu aviso quando chegarmos.”
E assim termina a fábula, quer dizer, com a seguinte moral: Nem só desastres fazem o homem mudar. Fica você leitor a decisão de julgar se essa fábula pode ou não dizer algo sobre o futuro, ainda que tenhamos de ouvir sobre um jabuti de fala misteriosa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conto de Leonardo da Vinci

A Aranha e as Uvas
Leonardo da Vinci
Uma aranha observou durante dias a fio os movimentos dos insetos, e notou que as moscas ficavam em torno de um grande cacho de uvas muito doces.

- Já sei o que fazer – disse ela para si mesma.

Subiu para o alto da parreira e, por meio de um tênue fio, desceu até o cacho de uvas, onde instalou-se num pequenino espaço entre duas frutas.

De dentro do esconderijo começou a atacar as pobres moscas que vinham em busca de alimento. Matou muitas delas, pois nenhuma suspeitava que houvesse ali uma aranha.

Porém em breve chegou a época da colheita.

O fazendeiro foi para o campo, colheu o cacho de uvas e atirou-o para dentro de uma cesta, na qual se viu espremido junto com os outros cachos.

As uvas foram a armadilha fatal para a aranha impostora, que morreu exatamente como as moscas que enganara.

Conto de Leonardo da Vinci

A Aranha e a Abelha

Leonardo da Vinci (sec.XV)

Certo dia uma aranha encontrou um local onde havia muitas moscas. Imediatamente pôs mãos à obra, tecendo uma teia. Escolheu dois galhos como apoio e começou a trançar para lá e para cá, entre um e outro galho. Tecendo seu fio de prata, construiu sua teia. Quando terminou o trabalho escondeu-se atrás de uma folha.
A espera foi breve. Logo uma mosca curiosa viu-se presa à teia. A aranha precipitou-se e devorou a mosca.
Porém uma vespa, pousada numa flor, a tudo assistira. Imediatamente vôou para cima da aranha e furou-a com uma ferroada.

A Abelha

A ABELHA E A FLOR
"Ide aos vossos campos e pomares,
e lá aprendereis sobre o prazer da abelha de sugar o mel da flor,
mas aprendereis também o prazer da flor em entregar o mel à abelha.

Pois, para a abelha,
uma flor é fonte de vida.
E para a flor
uma abelha é a mensageira do amor.

E para ambas,
a abelha e a flor,
dar e receber o prazer
é uma necessidade e um êxtase."

Viva a abelha



A ABELHA E A FLOR



"Ide aos vossos campos e pomares,
e lá aprendereis sobre o prazer da abelha de sugar o mel da flor,
mas aprendereis também o prazer da flor em entregar o mel à abelha.

Pois, para a abelha,
uma flor é fonte de vida.
E para a flor
uma abelha é a mensageira do amor.

E para ambas,
a abelha e a flor,
dar e receber o prazer
é uma necessidade e um êxtase."

http
://pensamentostextospoesias.blogspot.com
Imagem: http://fotolog.terra.com.br/artemadeirajoinville

Homenagem a Olavo Bilac "A velhice"

A VELHICE

Olavo Bilac


Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem.

O Texto Jornalístico e tipos de textos

Durante décadas, a máquina de escrever foi símbolo do jornalismo
O produto da atividade jornalística é geralmente materializado em textos, que recebem diferentes nomenclaturas de acordo com sua natureza e objetivos. Uma matéria é o nome genérico de textos informativos resultantes de apuração, incluindo notícias, reportagens e entrevistas. Um artigo é um texto dissertativo ou opinativo, não necessariamente sobre notícias, e nem necessariamente escrito por um jornalista.
Redatores geralmente seguem uma técnica para hierarquizar as informações, apresentando-as no texto em ordem decrescente de importância. Esta técnica tem o nome de pirâmide invertida, pois a "base" (lado mais largo, mais importante) fica para cima (início do texto) e o "vértice" (lado mais fino, menos relevante) fica para baixo (fim do texto). O primeiro parágrafo, que deve conter as principais informações da matéria, chama-se "lead" (do inglês, principal). O texto é geralmente subdividido em "capítulos" agrupados por tema, chamados retrancas e sub-retrancas, ou matérias coordenadas.
O conjunto de técnicas e procedimentos específicos para a atividade de redação jornalística é chamado de técnica de redação.
As matérias apresentam, quase sempre, relatos de pessoas envolvidas no fato, que servem para tanto validar (por terceiros) as afirmativas do jornal (técnica chamada de documentação) quanto para provocar no leitor a identificação com um personagem (empatia). No jargão jornalístico, os depoimentos destes personagens chamam-se aspas.
Apesar de as matérias serem geralmente escritas em estilo sucinto e objetivo, devem ser revisadas antes de serem publicadas. O profissional que exerce a função de revisão, hoje figura rara nas redações, é chamado de revisor ou copy-desk.


Tipos de texto jornalístico

• notícia - de carácter objectivo, composto pelo Lead e o corpo da notícia:
o No Lead tenta-se responder a seis perguntas: quem , o quê , onde , quando , porque ,como , a ausência destas pode dever-se a dados não apurados;
o No corpo da notícia desenvolve-se gradualmente a informação em cada parágrafo, por isso a informação é cada vez mais elaborada, detalhada.
• matéria - todo texto jornalístico de descrição ou narrativa factual. Dividem-se em matérias "quentes" (sobre um fato do dia, ou em andamento) e matérias "frias" (temas relevantes, mas não necessariamente novos ou urgentes). Existem ainda os seguintes subtipos de matérias:
o matéria leve ou feature - texto com informações pitorescas ou inusitadas, que não prejudicam ou colocam ninguém em risco; muitas vezes este tipo de matéria beira o entretenimento
o suíte - é uma matéria que dá seqüência ou continuidade a uma notícia, seja por desdobramento do fato, por conter novos detalhes ou por acompanhar um personagem
o perfil - texto descritivo de um personagem, que pode ser uma pessoa ou uma entidade, um grupo; muitas vezes é apresentado em formato testemunhal
o entrevista - é o texto baseado fundamentalmente nas declarações de um indivíduo a um repórter; quando a edição do texto explicita as perguntas e as respostas, seqüenciadas, chama-se de ping-pong
• opinião ou editorial - reflete a opinião apócrifa do veículo de imprensa (não deve ser assinado por nenhum profissional individualmente)
• artigo - texto eminentemente opinativo, e geralmente escrito por colaboradores ou personalidades convidadas (não jornalistas)
• crônica(br) ou crónica(pt) - texto que registra uma observação ou impressão sobre fatos cotidianos; pode narrar fatos reais em formato de ficção
• nota - texto curto sobre algum fato que seja de relevância noticiosa, mas que apenas o lead basta para descrever; muito comum em colunas
• chamada - texto muito curto na primeira página ou capa que remete à íntegra da matéria nas páginas interiores
• texto-legenda - texto curtíssimo que acompanha uma foto, descrevendo-a e adicionando a ela alguma informação, mas sem matéria à qual faça referência; tem valor de uma matéria independente.

domingo, 25 de outubro de 2009

TEORIAS DA EDUCAÇÃO


COMO VAI A EDUCAÇÃO?

Priscila Costa Felis ( Pedagoga)

Existem várias teorias que tentam explicar os fenômenos complexos envolvidos na educação. O primeiro grupo da teoria não-crítica busca respostas na própria educação.Este grupo considera a sociedade harmoniosa, na qual cada membro está interagindo e funcionando, e a educação imerge como instrumento de correção.
O segundo grupo é composto por críticas, uma vez que se empenham em compreender a educação remetendo-se as condicionantes, isto é, aos determinantes sociais como estrutura econômica. Concebe a sociedade como sendo marcada pela divisão de grupos antagônicos que se relacionam a base da força, a qual se manifesta fundamentada nas condições de produção de vida material. Neste contexto a educação é entendida como inteiramente dependente da estrutura geradora da marginalidade.
Pedagogia Tradicional:
Os sistemas nacionais de ensino datam do século passado, originados do princípio de que a educação era um direito de todos e dever do estado.
Este princípio de corria do tipo de sociedade correspondente aos novos interesses da nova classe que se consolidara no poder da burguesia. Para superar o antigo regime e esconder um tipo de sociedade democrática, que pregava o contrato social livre entre os indivíduos, era preciso vencer a barreira da ignorância. Para tornar os indivíduos livres. Assim as escolas são erguidas como instrumento de conversão dos súditos em cidadão.
A escola surge como antídoto ã ignorância, seu papel é de difundir a instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente.
A organização escolar ocorre como uma agência centrada no professor, o qual transmite segundo uma gradação lógica, o acervo cultural dos alunos. Aos alunos cabe assimilar os conhecimentos que são transmitidos.
A teoria pedagógica então está baseada neste tipo de organização como as iniciativas cabiam ao professor, o essencial era contar com um professor razoavelmente bem preparado.
Assim, as escolas eram organizadas na forma de classes, cada qual contando com um professor que expunha a lição, que os alunos seguiam atentamente e explicava os exercícios que os alunos deviam realizar disciplinarmente.
Pedagogia Nova:
Diante as críticas à Pedagogia Tradicional devido à decepção, pois a escola não conseguiu realizar nem a universalização do ensino, pois nem todos nela ingressam e mesmo que ingressem não eram bem sucedidos, e mesmo os “bem sucedidos” se ajustam ao tipo de sociedade.
A Pedagogia Nova surge no final do século, como teoria no poder da escola e em função da equalização social. Toma corpo um amplo movimento de reforma cuja a expressão mais típica ficou conhecida como escolanovismo.
Nesta época surge a biopsicologização da sociedade, da educação e da escola e surgem os testes de Q.I. e de personalidade. O Conceito de anormalidade biológica une-se ao conceito de anormalidade psíquica.
Tendo em vista a concepção do ajuste dos indivíduos que são diferentes e únicos, a organização escolar teria de se reorganizar, a escola deveria agrupar os alunos segundo áreas de interesses decorrentes de sua atividade livre.
O professor era um estimulador e orientador de aprendizagem cuja iniciativa principal caberia ao aluno.
A aprendizagem seria decorrência espontânea do ambiente estimulante e da relação interpessoal, essência da atividade educativa. Com um ambiente dotado de materiais didáticos ricos e biblioteca de classe.
Esse tipo de escola não deu certo, pois não conseguiu alterar o significativamente o panorama organizacional dos sistemas escolares, pois dependia de um custo muito elevado.
Assim se organizou apenas como escola experimental ou com núcleos raros, disponibilizados a pequenos grupos.
Pedagogia Tecnicista:
Surge na primeira metade do século atual, se baseia nos pressupostos da neutralidade científica e racionalidade, eficiência e produtividade. Veio para reordenar o processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. Pretendendo a objetivação do trabalho pedagógico, com organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em rico sua eficiência, mecanizando o processo.
Na pedagogia tecnicista o elemento principal é a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundária, pois são executores.
Nesta concepção o marginalizado é o incompetente, isto é, o incompetente é o ineficiente e improdutivo. Assim a escola está fazendo sua parte formando indivíduos que aumentarão a produtividade da sociedade; cumprindo sua função social, equilibrando o sistema.
A educação é concebida como subsistema, sua base de sustentação teórica desloca-se para teoria behaviorista- aprender a fazer.
Esta teoria corresponde a uma reorganização das escolas que passam por uma crescente burocratização em seu processo. O controle era feito basicamente através de formulários.
Comparação: Como pudemos verificar, o primeiro grupo acredita que a educação está capacitada a intervir eficazmente na sociedade, transformando-a, corrigindo as injustiças e promovendo a equalização social. Consideram apenas a ação da educação sobre a sociedade, porque desconhecem as determinações sociais do fenômeno educativo logo são teorias não crítica.
As teorias crítico- reprodutivas:
Este grupo é denominado crítico, pois postulam não ser possível conceber a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais.
Logo a educação é dependente da sociedade e sua conclusão é que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que se insere.
Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica:
É uma teoria que se desdobra dedutivamente nos princípios universais para enunciados analíticos.
A violência simbólica é ponto de partida; pois a sociedade se estrutura como um sistema de relações de força material entre grupos ou classes. Sobre a base da força material e sob sua determinação ergue-se um sistema de relações de força simbólica, cujo papel é reforçar, por dissimulação as relações de forca material; o reforçamento da violência material se dá pela conversão ao plano simbólico, onde se produz e reproduz o reconhecimento da dominação.
Teoria da escola enquanto aparelho ideológico de Estado (AIE):
A ação pedagógica se auto- realiza através do trabalho pedagógico entendido como trabalho de “encucação” que deve durar o bastante para produzir uma formação durável, isto é, um “habitus”.
Funciona massivamente pela violência e secundariamente pela ideologia e repressão.
O conceito aparelho ideológico de estado deriva da teoria de uma existência material, a ideologia existe sempre radicada em práticas materiais definidas por instituições materiais.
Em suma a ideologia se materializa em aparelhos: os aparelhos ideológicos de Estado, este foi colocado em posição dominante nas formações capitalistas, após uma violenta luta de classes políticas e ideológicas contra o antigo aparelho ideológico de Estado dominante, é o aparelho Ideológico Escolar. A escola constituiu o aparelho ideológico mais acabado de reprodução das relações de reprodução capitalista.
Teoria da escola dualista:
É retomado o conceito de aparelho escolar como unidade contraditória de duas redes de escolarização. Aparelho ideológico: contribui para a formação de força de trabalho e para a encucação da ideologia burguesa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Willian Shakespeare



UM DIA VOCÊ APRENDE


WILLIAN SHAKESPEARE
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto - e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo - mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma - ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe - mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.

Relatório PNUD


Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

“Combatendo a Mudança Climática: Divisão entre ricos e pobres aumenta ainda mais com mudança do clima, diz relatório Maiores poluidores são os mais aptos a enfrentar as conseqüências do aquecimento global; repasse de recursos para adaptação é pequeno do PNUD
Brasília, 27/11/2007

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, “Combatendo a Mudança Climática: Solidariedade Humana num Mundo Dividido”, revela um mundo cada vez mais dividido entre nações altamente poluidoras e países pobres.

E mostra que, enquanto os pobres contribuem de maneira desprezível ao aquecimento global, são eles que vão sofrer os resultados mais imediatos da mudança no clima. O aquecimento global, alerta o relatório, provavelmente desencadeará um forte retrocesso no desenvolvimento e o completo fracasso em implementar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), acordados na Organização das Nações Unidas em 2000, para a redução da pobreza mundial.

AS DESIGUALDADES: Pegadas de carbono desiguais:

• Enquanto apenas 13% da população do planeta vivem nas nações economicamente mais desenvolvidas, são essas as nações responsáveis por mais da metade da emissão dos gases de efeito estufa.

• O estado australiano de Nova Gales do Sul (6,9 milhões de habitantes) tem uma pegada de carbono de 116Mt Co2. Esse índice é comparável ao total de Bangladesh, Camboja, Etiópia, Quênia, Marrocos, Nepal e Sri Lanka juntos.

• Nos Estados Unidos, os 23 milhões de habitantes do estado do Texas somente são responsáveis por mais emissões de gás carbônico (CO2) do que os 690 milhões de habitantes da África subsaariana.
• Um residente médio dos Estados Unidos é responsável pela emissão de 20,6 toneladas de gás carbônico por ano. Um chinês médio, 3,8 toneladas; um etíope, apenas 0,1 tonelada.

• O crescimento per capita de emissão de CO2 no Canadá desde 1990 (cinco toneladas) é maior do que o total de emissões per capita na China hoje.

• Os Estados Unidos e a União Européia juntos são responsáveis por 10Gt das 29 Gt liberados anualmente em todo o planeta.

Se todo o mundo seguisse a trajetória dos Estados Unidos nas emissões de CO2, afirma o relatório, nós precisaríamos de nove planetas para absorver, a salvo, todos os gases que provocam o efeito estufa.

Apartheid da adaptação

Enquanto os países mais pobres são os mais despreparados para se adaptarem às mudanças climáticas, são as suas populações que passarão pelo maior deslocamento nas próximas décadas.
Numa seção especial do relatório, o ex-arcebispo da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, chama a isso de o surgimento do “Apartheid da Adaptação”. As desigualdades são várias:

• Os países ricos possuem muito mais recursos para aplicar em defesas contra enchentes, sistemas de armazenamento de água e em modificações na agricultura. Atualmente, o Reino Unido gasta anualmente US$1,2 bilhão no manejo de enchentes e prevenção da erosão costeira.
A Agência Ambiental requisitou US$ 8 bilhões a serem investidos no fortalecimento das defesas contra enchentes em Londres. O estado alemão de Baden-Württemberg estima que terá que gastar um excedente de US$685 milhões por ano, em infra-estrutura de proteção contra enchentes. O Japão elaborou planos de proteção do país contra a elevação dos níveis do mar, cujos custos poderiam chegar a $93 bilhões.

• Ao mesmo tempo, mulheres do Delta do Ganges, Bengala Ocidental, na Índia, se preparam contra os crescentes riscos de enchente, construindo como refúgio, plataformas elevadas feitas de bambu. Soluções semelhantes estão sendo introduzidas nas ilhas Char, em Bangladesh. No Egito, estima-se que o aumento do nível do mar pode custar ao país US$ 35 bilhões e desalojar dois milhões de pessoas.

• O relatório afirma que US$ 279 milhões foram prometidos ao Fundo Especial de Mudança Climática, formado para ajudar os países pobres a mitigar os efeitos do aquecimento global. Isso corresponde à metade do que o estado alemão de Baden Würtemberg planeja gastar anualmente para fortalecer suas proteções contra enchentes.

• Em alguns locais, a agricultura comercial poderá se tornar 8% mais produtiva em conseqüência do aquecimento global. Por outro lado, a previsão para a agricultura irrigada por chuvas, da qual depende o agricultor mais pobre, é de que se torne 9% menos produtiva. A estimativa para 2060 é de que a renda da África do subsaariana caia um quarto em relação aos níveis atuais.
• Na Etiópia, os reservatórios armazenam 50 metros cúbicos de água por pessoa. Na Austrália, eles armazenam 4.700 metros cúbicos por residente.

• A França gasta atualmente em sistemas de monitoramento meteorológicos mais do que gasta toda a África do Subsaariana. A Holanda possui 32 vezes mais estações meteorológicas por 10 mil km² do que a África.

• Quando furacões, enchentes e secas atingem o mundo desenvolvido, companhias de seguro privadas compensam grande parte das vítimas. Nos países mais pobres, a cobertura dos seguros é extremamente limitada e desastres naturais podem desencadear a condenação à pobreza por gerações. Isto ficou demonstrado quando o furacão Mitch atingiu Honduras, em 1998. A porção mais pobre da população, com menos cobertura de seguro, perdeu mais e levou mais tempo para se recuperar. Os mais ricos perderam menos e começaram o processo de reconstrução mais rápido. Fenômeno semelhante aconteceu quando Nova Orleans foi arrasada pelo furacão Katrina em 2005. Em 2001, quando Gujurat na Índia sofreu um forte terremoto, somente 2% das vítimas possuíam seguro.

• O relatório destaca ainda uma outra questão relacionada: a atenção da mídia enfoca mais os desastres que acontecem no primeiro mundo, tais como a enchente causada pelo furacão Katrina. Igualmente devastadores furacões na América Central recebem apenas uma fração da atenção e uma fração dos recursos de reconstrução pós-desastre.

“Adaptação tornou-se um eufemismo para injustiça social em escala global”, alertam os autores do Relatório de Desenvolvimento Humano. “Cada vez mais, o mundo é dividido entre países que estão desenvolvendo a capacidade de se adaptar à mudança climática e aqueles que não estão”.

domingo, 18 de outubro de 2009

UNESCO: UM OLHAR AO PROFESSOR NO BRASIL





Situação de professores no Brasil é preocupante
Célio Cunha / consultor da Unesco

Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário "preocupante", de acordo com o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha.

Ao comentar o estudo "Professores do Brasil: Impasses e Desafios", lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).

O especialista destaca, entretanto, que é preciso "elevar o status" do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação.

Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria --50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.

O estudo alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.

Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.

"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

Publicado em http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u638467.shtml
15/10/2009 - 14h34 / Agência Brasil / Pesquisado em 16/10/2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

TECNOLOGIAS: PRA QUE TE QUERO?

TV Escola e Formação de Professores

Gabrielli Lima Araújo Silva1

Sintese
Esta pesquisa está inscrita no projeto “As tecnologias da informação e da comunicação nas políticas de formação de professores: os sentidos da reconfiguração de trabalho-formação docente”. Como recorte, focaliza o discurso sobre o professor e sobre seu trabalho em um programa de televisão, Viagens de Leitura, do TV Escola, que é um canal de televisão exclusivamente dedicado aos educadores e alunos do ensino fundamental e médio, organizado pelo MEC. O canal da educação, como é conhecido o TV Escola tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento profissional dos professores e sua formação no próprio local de trabalho, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem para incentivar a aproximação esolacomunidade.

Como projeto importante da política atual de EAD, o TV Escola carece de alguns ajustes, alterações e mudanças de concepções. Pretende-se, portanto, analisar como esses professores vêm sendo considerados, analisados e formados sendo orientados por um discurso que os representa como “tarefeiros”, “facilitadores”, “animadores” . Embora diferentes entre si, Quem forma se forma e reforma ao formas e quem é formado forma-se e forma ao ser reformado. Paulo Freire.
Aula para o professor com as “tias” do Viagens de Leitura O professor chega na sala de professores, liga a televisão, põe no Vídeo Cassete uma fita da série Viagens de Leitura do programa TV Escola. Aperta o play e inicia sua viagem: “Bom dia (Duas apresentadoras, hegemonicamente bonitas, apresentavam o programa). Como você pode reparar o programa de hoje irá falar sobre DUPLAS. As duplas, tanto no futebol como na música e nas artes são um formato muito inventivo que abrem mil possibilidades aos criadores. É isso! Nós iremos falar em como criar um texto coletivamente. É, vai ser uma espécie de tabelinha! Assim como no futebol...” Pausa no vídeo cassete... vão ser dois tipos de tabelinha: além dos alunos formarem uma dupla entre si, eles vão formar uma dupla com um autor de um texto! - Sorriso cativante das moças - É isso! E essa parceria com o autor só vai acontecer porque hoje nós iremos inventar só o final de uma história (Sorriso duplamente expressivo e ainda mais cativante). Nós iremos
pegar o início de uma crônica e vamos inventar um final pra ela. Vai ser muito legal! Trabalhar em dupla é sempre muito legal. Nem sempre... (responde a outra apresentadora).
Mas vamos ao nosso programa de hoje”. Professor ainda sentado, papel e caneta nas mãos. A série segue se desenvolvendo com entrevistas de artistas famosos da época, como o jogador de futebol Túlio e uma dupla de cantores sertanejos João Paulo e Daniel. Os convidados falam em como atuam com suas duplas, Túlio pronuncia “no futebol hoje é raro você ver uma tabela, porque a marcação é muito dura e quando isso ocorre é porque realmente houve um entrosamento muito grande entre os jogadores e confiança. O jogo fica mais bonito”. João Paulo e Daniel continuam “Cantar em dupla é uma coisa muito importante pra gente, não só para gente como para toda dupla. É mais fácil, é mais gostoso, é mais divertido”. Terminadas as entrevistas a apresentadora recomeça. “Vamos então ao nosso exercício! Como eu ia dizendo, nós vamos hoje inventar um final para uma história.
Essa história deve ser curta e perto do final deve ter um momento de suspense, desse momento em diante é que os alunos irão trabalhar o texto. Mas, melhor do que eu ficar aqui contando como deve ser o exercício vamos ver como foi feito no Centro Educacional de Vila Isabel pela professora Aurélia.”
PASSO 1:
Professora Aurélia pela TV: Eu vou contar uma história e vocês vão fazer o final dessa
história e essa atividade será em duplas. Vamos dividir a turma em duplas.
PASSO 2:
Professora Aurélia começa a ler seu texto.
PASSO 3:
Professora Aurélia: Agora cada dupla deve escrever um final para essa história que foi
lida. Eu vou ler de novo a história onde vocês irão escrever, vão anotar as expressões mais
importantes, as palavrinhas que vocês acharam mais importantes dessa história!
PASSO 4:
1ª apresentadora: Depois dessa nova leitura as duplas conversam e decidem escrever o seu
final para a história, nessa hora o professor deve ajudar os alunos passando pelas
duplas, ele deve conversar com as crianças e ver como cada uma das duplas está
trabalhando.
PASSO 5:
2ª apresentadora: O passo seguinte, professor, é ler o que foi escrito para a classe.
Professora Aurélia lê o final original da história que o autor escreveu.
PASSO 6:
Na tela, Professora Aurélia fala: Eu estou distribuindo a história que nós começamos a ler,
vocês agora vão ler o final da história. Crianças lendo seus finais e também dando suas opiniões.

Dados os passos e as tarefas cumpridas, a continuação da série Viagens de Leituras se deu com a declaração pelo vídeo da escritora Eliana Yunes, em um recorte do programa no quadro “Ponto de Vista”: Pode parecer ocioso repetir sobre a importância da leitura no processo de aprendizagem e no desenvolvimento da escrita. Todos nós, professores, educadores, sabemos disso. O que não sabemos é como e porque a leitura determina a viagem que uma criança faz pelo conhecimento, e como a leitura pode acrescentar ao seu domínio da escrita. Ler é pensar, é interpretar e o conhecimento não se adquire por memorização, é adquirido pelo pensamento crítico. Conhecer é transformar o que não conhecemos naquilo que conhecemos. Esse exercício é pronunciado pela leitura interpretativa pela leitura que faz do leitor aquele que dialoga com o autor e com o texto.
Terminada a fala da escritora, reaparece na tela uma das apresentadoras, com o sorriso novamente estampado no rosto. “O nosso exercício de hoje serviu para várias coisas, uma delas foi mostrar para as crianças que o trabalho em dupla pode ser muito criativo e que a gente pode somar as nossas idéias com as de outra pessoa e chegar a um resultado bem legal.” Segunda apresentadora: “Em relação ao texto, este serviu para fazer com que os alunos consigam ter coerência na criação de uma história. Hoje, fazendo só o final daquela crônica eles tiveram que manter uma certa linha narrativa, por exemplo eles não podiam fazer o personagem voar e pronto. Eles tiveram que seguir uma certa lógica que já existia no texto, eles tiveram que mostrar uma certa coerência, um certo nexo - e a coerência é importante para a gente ler, escrever e até para a gente pensar melhor. Por hoje é só.” Fim do programa. O professor desligou a TV e o Vídeo.

Contextualizando o TV Escola

Sabemos que o TV Escola é um canal de televisão exclusivamente dedicado aos educadores e alunos do ensino fundamental e médio, organizado pelo Ministério da Educação – MEC. A partir da década de 1990 o governo federal vem oferecendo um conjunto de políticas públicas para a formação de professores, com o uso e suporte das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC. Entre estas políticas, está o TV Escola que está no ar desde Março de 1996. O canal da educação, como é conhecido o TV Escola tem, a princípio, como objetivo, contribuir para o desenvolvimento profissional dos professores e sua formação no próprio local de trabalho, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem para incentivar a aproximação escola-comunidade.
É importante registrar que, com o amadurecimento do programa e dos atores neles envolvidos, novas oportunidades e novos patamares poderão ser alcançados, especialmente com a confluência tecnológica entre computadores e a Tv Digital (MEC, 2002). Com a intenção de elevar a qualidade da educação no Brasil e a “democratização” do ensino básico o programa vem se aperfeiçoando constantemente e temos como prova da evolução, os cursos de extensão a distância que são propostos e a quantidade de escolas “beneficiadas” com os kits tecnológicos2 distribuídos, que garantem imagem e áudio de excelente padrão. A transmissão, que antes era analógica, passa a ser feita por sinal digital, via satélite, e a implantação de um canal de tevê voltado para a escola, incentiva e amplia a capacidade dessas escolas de receberem os programas de ensino a distância. 2 O Kit tecnológico, denominado Programa de Apoio Tecnológico – PAT – constitui a base material para o TV Escola, composto por uma TV, um Videocassete, uma antena parabólica e dez fitas de vídeo para gravação dos programas. Foi recebido por escolas que possuem mais de cem alunos.
O TV Escola não aparece para substituir os professores, mas sim “treiná-los” e apoiá-los em sala de aula, encontramos aí o x do problema. Os professores que usam os programas, quando o fazem, utilizam para atividades com os alunos, nesta situação o Viagens de Leitura entra em sala de aula como pretexto para ser lançado algum conteúdo, de maneira descontextualizada, escassa e sem continuidade. No caso do nosso professor citado no início, ora aparentemente o objetivo da série é ensinar as relações de companheirismo, ora o objetivo passa a ser melhorar a qualidade de leitura e aprimorar a criatividade. Os programas que são passados pelos professores dentro de sala deveriam estar diretamente relacionados ao tipo de assunto trabalhado em sala mas nem sempre é o que acontece, de modo que não há espaço para uma discussão crítica a respeito do que foi assistido, não avançando para outras esferas que também pudessem ser importantes.
Não foi dita em qual “realidade” esse professor trabalha. Mesmo com as realidades distintas no que se refere ao cotidiano, podemos observar que, em relação à forma com que a escola lida com um dos produtos televisivos (Viagens de Leitura) nas práticas de sala de aula, ela apresentava aspectos comuns acerca do que vem sendo orientado discursivamente para uma representação do professor (“tarefeiro”, “facilitador”, “animador”). Já que os programas educativos tendem a só serem “permitidos” em sala de aula quando seu veículo de transmissão - a televisão - estava sendo utilizado concretamente pelo professor, ou seja, o Viagens de Leitura chegou na sala cumprindo a tarefa do professor enquanto este apenas reproduziu em sala o que foi passado pela TV.
Podemos caracterizar como motivos para a entrada e formas de utilização do programa como substituição ou como atrativo ou ainda modo de favorecer a atratividade. Assim, mesmo o professor tendo selecionado um determinado programa para ensinar sobre a importância da produção textual coletiva, essa escolha parecia não dependente de critérios, porque não seria desenvolvida nenhuma atividade extra relativa ao programa. A aula obedecia a sua seqüência programada, não sendo dada a sua devida importância da atuação do professor lecionando como um momento de produção de saberes; além do fato principal dentro de sala de aula: a autonomia do professor, passando a ser limitada. Como descrito, raramente o programa da TV deixou margem a outras interpretações, perguntas, discussões, intenções, diálogos. É importante fixar que não se trata de uma crítica direcionada ao programa em si, a análise vai para além dos muros das imagens do TV Escola. Trata-se de analisar como os sentidos acerca do professor vão sendo orientados pelos discursos caminhando para uma representação do professor.
Atuando como “didáticos”, esses programas tendem a assumir o papel da objetividade, clareza, transparência e rapidez, já que um programa deve durar o tempo exato de uma aula e deve orientar ao máximo ao educador no que fazer, como fazer, de que forma fazer.
Cabe assim, ao professor apenas controlar o tempo entre uma atividade e outra, organizar a turma e mais precisamente, como forma de “pasteurização”, o programa exclui a análise que depende do objeto, finalidade, fato ou fenômeno que está sendo focalizado na aula.
Considerações Finais
Analisando as atuais políticas educacionais de formação de professores, podemos perceber a grande semelhança entre as decisões dos gestores do sistema educacional e as propostas de formação de professores presentes nos documentos de organismos internacionais, especialmente o Banco Mundial3, quando sugerem a rapidez na formação, privilégios para a formação continuada, pouca preocupação com a formação inicial nas universidades e principalmente o uso da educação a distância (EAD).
Como projeto importante da política atual de EAD, a TV Escola carece de alguns ajustes, alterações e mudanças de concepções. Sabemos que em determinados assuntos sua discussão e reflexão não cabe apenas em uma aula-apoio para o professor via vídeo. O professor passa a ser, mais uma vez, apenas um facilitador como se todas as mediações didáticas pudessem ser trabalhadas de forma recortada, separadamente, dando como resultado um ensino competente.
Existe a noção de que há um modelo de ensino válido para qualquer situação e que, portanto, o problema será resolvido fornecendo o modelo a ser seguido, o que abre espaço para a crença de que as TIC são uma alternativa para dar conta, de modo econômico, objetivo e eficaz ao desenvolvimento da formação dos professores e das competências exigidas para a docência. Sendo assim, os novos materiais didáticos que vem sendo 3 Sobre a temática ver BARRETO, R.G. Tecnologia e educação: trabalho e formação docente. Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, p. 1181-1201, dez. 2004. aparelhados, usando as TIC como suporte, não se distanciam dos velhos materiais que propagam uma competência mais adequada para o educador, que seria repensar sua ação perante métodos, não fugindo assim do reducionismo. É o que tem ocorrido, por exemplo, com a Série “Viagens de leitura”: paralelamente à insistência de que decisões cabem ao professor, os passos para a realização das atividades são repetidos e, algumas vezes, acompanhados pela imagem de pegadas deixadas na areia molhada (Barreto, 2002). É importante dar ênfase que não se tratam apenas de novos meios, suportes ou formatos. Trata-se de como esses professores vêm sendo considerados, analisados e formados. Assim, surgem novos desafios para a prática educativa, sinalizando para a necessidade desses desafios de nossa sociedade, que é regida pela informação e comunicação.

Referências
BARRETO, R. G. A apropriação educacional das tecnologias da informação e da
comunicação. In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Org.). Currículo: debates contemporâneos.
São Paulo: Cortez Editora, 2002, v. 2, p. 216-237.
BARRETO, R. G. Tecnologias na sala de aula. In: LEITE, Márcia; FILÉ, Valter. (orgs.).
Subjetividades, tecnologias e linguagens. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002, v. 1, p. 43-
55.
GUIMARÃES, G.; FERREIRA, Rodolfo. Televisão e formação profissional: o discurso
sobre o trabalho docente. In: XIII Congresso da ASSEL-RIO, 2007. Linguagens para o
terceiro milênio, 2007. p. 1-2.
TOSCHI, Mirza Seabra. Formação de professores e TV Escola: In: XIII Reunião da
ANPEd. Disponibilizado em CD rom; Caxambu, 2000.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

COMO VAI A EDUCAÇÃO?


SE DEPENDER DE FORMAS DE PEDAGOGIA VAI BEM. EIS ALGUMAS...
Priscila Costa Felis (Pedagoga)
Existem várias teorias que tentam explicar os fenômenos complexos envolvidos na educação. O primeiro grupo da teoria não-crítica busca respostas na própria educação.Este grupo considera a sociedade harmoniosa, na qual cada membro está interagindo e funcionando, e a educação imerge como instrumento de correção.
O segundo grupo é composto por críticas, uma vez que se empenham em compreender a educação remetendo-se as condicionantes, isto é, aos determinantes sociais como estrutura econômica. Concebe a sociedade como sendo marcada pela divisão de grupos antagônicos que se relacionam a base da força, a qual se manifesta fundamentada nas condições de produção de vida material. Neste contexto a educação é entendida como inteiramente dependente da estrutura geradora da marginalidade.
Pedagogia Tradicional:
Os sistemas nacionais de ensino datam do século passado, originados do princípio de que a educação era um direito de todos e dever do estado.
Este princípio de corria do tipo de sociedade correspondente aos novos interesses da nova classe que se consolidara no poder da burguesia. Para superar o antigo regime e esconder um tipo de sociedade democrática, que pregava o contrato social livre entre os indivíduos, era preciso vencer a barreira da ignorância. Para tornar os indivíduos livres. Assim as escolas são erguidas como instrumento de conversão dos súditos em cidadão.
A escola surge como antídoto ã ignorância, seu papel é de difundir a instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente.
A organização escolar ocorre como uma agência centrada no professor, o qual transmite segundo uma gradação lógica, o acervo cultural dos alunos. Aos alunos cabe assimilar os conhecimentos que são transmitidos.
A teoria pedagógica então está baseada neste tipo de organização como as iniciativas cabiam ao professor, o essencial era contar com um professor razoavelmente bem preparado.
Assim, as escolas eram organizadas na forma de classes, cada qual contando com um professor que expunha a lição, que os alunos seguiam atentamente e explicava os exercícios que os alunos deviam realizar disciplinarmente.
Pedagogia Nova:
Diante as críticas à Pedagogia Tradicional devido à decepção, pois a escola não conseguiu realizar nem a universalização do ensino, pois nem todos nela ingressam e mesmo que ingressem não eram bem sucedidos, e mesmo os “bem sucedidos” se ajustam ao tipo de sociedade.
A Pedagogia Nova surge no final do século, como teoria no poder da escola e em função da equalização social. Toma corpo um amplo movimento de reforma cuja a expressão mais típica ficou conhecida como escolanovismo.
Nesta época surge a biopsicologização da sociedade, da educação e da escola e surgem os testes de Q.I. e de personalidade. O Conceito de anormalidade biológica une-se ao conceito de anormalidade psíquica.
Tendo em vista a concepção do ajuste dos indivíduos que são diferentes e únicos, a organização escolar teria de se reorganizar, a escola deveria agrupar os alunos segundo áreas de interesses decorrentes de sua atividade livre.
O professor era um estimulador e orientador de aprendizagem cuja iniciativa principal caberia ao aluno.
A aprendizagem seria decorrência espontânea do ambiente estimulante e da relação interpessoal, essência da atividade educativa. Com um ambiente dotado de materiais didáticos ricos e biblioteca de classe.
Esse tipo de escola não deu certo, pois não conseguiu alterar o significativamente o panorama organizacional dos sistemas escolares, pois dependia de um custo muito elevado.
Assim se organizou apenas como escola experimental ou com núcleos raros, disponibilizados a pequenos grupos.
Pedagogia Tecnicista:
Surge na primeira metade do século atual, se baseia nos pressupostos da neutralidade científica e racionalidade, eficiência e produtividade. Veio para reordenar o processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. Pretendendo a objetivação do trabalho pedagógico, com organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em rico sua eficiência, mecanizando o processo.
Na pedagogia tecnicista o elemento principal é a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundária, pois são executores.
Nesta concepção o marginalizado é o incompetente, isto é, o incompetente é o ineficiente e improdutivo. Assim a escola está fazendo sua parte formando indivíduos que aumentarão a produtividade da sociedade; cumprindo sua função social, equilibrando o sistema.
A educação é concebida como subsistema, sua base de sustentação teórica desloca-se para teoria behaviorista- aprender a fazer.
Esta teoria corresponde a uma reorganização das escolas que passam por uma crescente burocratização em seu processo. O controle era feito basicamente através de formulários.
Comparação: Como pudemos verificar, o primeiro grupo acredita que a educação está capacitada a intervir eficazmente na sociedade, transformando-a, corrigindo as injustiças e promovendo a equalização social. Consideram apenas a ação da educação sobre a sociedade, porque desconhecem as determinações sociais do fenômeno educativo logo são teorias não crítica.
As teorias crítico- reprodutivas:
Este grupo é denominado crítico, pois postulam não ser possível conceber a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais.
Logo a educação é dependente da sociedade e sua conclusão é que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que se insere.
Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica:
É uma teoria que se desdobra dedutivamente nos princípios universais para enunciados analíticos.
A violência simbólica é ponto de partida; pois a sociedade se estrutura como um sistema de relações de força material entre grupos ou classes. Sobre a base da força material e sob sua determinação ergue-se um sistema de relações de força simbólica, cujo papel é reforçar, por dissimulação as relações de forca material; o reforçamento da violência material se dá pela conversão ao plano simbólico, onde se produz e reproduz o reconhecimento da dominação.
Teoria da escola enquanto aparelho ideológico de Estado (AIE):
A ação pedagógica se auto- realiza através do trabalho pedagógico entendido como trabalho de “encucação” que deve durar o bastante para produzir uma formação durável, isto é, um “habitus”.
Funciona massivamente pela violência e secundariamente pela ideologia e repressão.
O conceito aparelho ideológico de estado deriva da teoria de uma existência material, a ideologia existe sempre radicada em práticas materiais definidas por instituições materiais.
Em suma a ideologia se materializa em aparelhos: os aparelhos ideológicos de Estado, este foi colocado em posição dominante nas formações capitalistas, após uma violenta luta de classes políticas e ideológicas contra o antigo aparelho ideológico de Estado dominante, é o aparelho Ideológico Escolar. A escola constituiu o aparelho ideológico mais acabado de reprodução das relações de reprodução capitalista.
Teoria da escola dualista:
É retomado o conceito de aparelho escolar como unidade contraditória de duas redes de escolarização.
Aparelho ideológico: contribui para a formação de força de trabalho e para a encucação da ideologia burguesa.

INDIO VERSUS PRECONCEITOS

Em Cima da Serra Uma Raposa ao Sol

*Silvino Morais Barros

Fora construído sobre a cultura brasileira, ao longo dos séculos, um preconceito contra o Ser índio, isso é bem verdade quando se vê falar em ausência de educação bilíngüe nas instituições de ensino formal do país. Pode-se afirmar que a formalização do ensino não contou com a cultura sociolingüística dos Tupi, por exemplo, nas salas de aula a enriquecer a mente das crianças.
Em certa época, no Brasil, o idioma indígena fora ensinado em sala de aula, deixando as crianças paulistanas com uma oportunidade única: saber o que é Ser índio. Hoje, ninguém ouve falar da ampliação da língua indígena nas instituições de ensino fundamental brasileiras, porque ser uma pessoa na selva, no cerrado, na caatinga e nos pântanos é desinteressante !? Ou é não querer sentir esse algo a mais da cultura índia brasileira correndo no nosso corpo?
Uma cultura rica, forte e solidificada em instituições próprias, tal se firma um prego num manco de Aroeira, é a cultura brasileira: e o Brasil é um Continente, para não dizer multi-cultural ou pluri... Ele somos nós, esses homens e mulheres que lutam para obter a esperança de uma vida melhor a seus descendentes.
Nessa caminhada histórica do Brasil, os índios foram colocados à margem do processo de formação, crescimento, desenvolvimento e reprodução do capital cultural disponível.
Nessa contramão, os brasileiros se formaram excludentes uns dos outros. Se a proximidade entre o europeu e o índio, em 1500, é quase a mesma hoje, no tocante a coadunar usos e costumes, então demarcar terras indígenas é normal, porque não se conhece como é Ser índio no Brasil.
Para que a inclusão social ocorra, de fato, no momento de fricção inter-étnica entre as culturas é preciso que a comunicação entre os agentes seja ampliada. Esse é o momento para tanto, em que se decide pela demarcação de mais uma área, só que contínua, de mais de 1.700.000 hectares.
A soberania nacional é mantida em uma situação talqual essa da demarcação continua de área pública. Nisso, a segurança nacional deve ser mantida, contumaz reforçada para garantir, antes de tudo, a vida humana.
O território, que divide com outros países é sensível a investidas aventureiras, o que não impede do Exercito montar reforço nas fronteiras que a reserva fará limite: e, não, fronteira – pois que faz fronteira é o país. Isso deve ser bem claro aos olhos da Justiça brasileira, sob pena de permitirmos que outros interesses se desenvolvam nas áreas que forçam entrada no território do nosso país.
O Brasil possui uma cultura de demarcações de terras indígenas desde muito tempo, sendo divulgado na imprensa que o “Brasil tem atualmente cerca de 600 terras indígenas, que abrigam 227 povos, com um total de aproximadamente 480 mil pessoas.
Essas terras representam 13% do território nacional, ou 109,6 milhões de hectares. A maior parte das áreas indígenas - 108 milhões de hectares - está na chamada Amazônia Legal, que abrange os Estados de Tocantins, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre e Amazonas. Quase 27% do território amazônico hoje é ocupado por terras indígenas.(1)”. Dessas, nenhuma faz tanta aflição ao Estado como Raposa Serra do Sol, por causa da vulnerabilidade que possa surgir na fronteira com Venezuela.
É necessário mais atenção, de fato, com a linha imaginaria que se forma no mapa do país, para que proto-FACR’s não se instalem nessa terras, prejudicando a vida indigena, estadual e nacional. Essa expansão de demarcações causou na compreensão uma ojeriza no brasileiro metropolitano que não tem aonde morar.
Mais que demarcar terras ao povo é preciso compreender como esse povo forma seu cotidiano, por causa da importância que as relações sociais de parentesco, econômicas, políticas e afetivas possuem no cerne da cultura.
Se o Ser índio é Ser cidadão, por causa disso também é direito dele o que consta em nossa Constituição. Diferentes historiadores chegaram a afirmar “que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente.
Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia ) (2)”. Nisso, esses proto-cidadãos ficaram isolados e sem saúde, educação, moradia e segurança, além de liberdade de expressão e educação bilíngüe, que são direitos dos cidadãos brasileiros.
É sabido que muitos desses direitos não se universalizaram mesmo no cotidiano do brasileiro urbano, muito menos nos rincões do Amazonas, num pau-a-pique qualquer que, sem luz, remédio, cigarro ou televisão, as pessoas coabitam.
Que essa não seja apenas mais uma demarcação, para que a futura Raposa Serra do Sol nos seja útil para a preservação e ampliação da nossa cultura índia brasileira, levando-nos ao encontro dos usos e costumes comuns aos indígenas, ademais para que nossos netos tenham o orgulho de serem brasileiros, já que muitos de nossos mitos de hoje são originários nas culturas indígenas, o que pouca gente sabe: bem como a nossa comida e nossas festas.
Mas os mitos deles ainda não se formaram duráveis em nossas consciências reificadas, lá nas escolas fundamentais das grandes capitais brasileiras. A cultura índia brasileira tem muito a nos ensinar, e basta olhar como sua história ainda se mantém atuante no cotidiano das comunidades indígenas por todo país.
Sobre a Religião Indígena, sabe-se que “cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas.
O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais.
Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte. Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada.Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700). Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio) (3)”.
Se nos conhecêssemos mais como brasileiros que somos, aí falo de mim, um goianiense que teve a honra de no passado manter algum contato com o pessoal que morava na Ilha do Bananal, poderíamos nos amar mais e, daí, nessa interação social se faria com que nossos descendentes tivessem acesso ao cotidiano de uma comunidade indígena: e que não morassem apenas em um Museu.
Que nossos futuros herdeiros culturais sejam os legatários de valores morais dignos da civilização brasileira de hoje, e que eles tenham o domínio de vir a crer muito menos na usura capitalista voraz que come terra e cospe fumaça, tendo as porcas e os parafusos como produtos líquidos de uma mais-valia ocasional, essa maquinaria oriunda da consciência liberal que se construiu no inconsciente coletivo de todos nós, e muito mais na relativização da diferença entre quem se sente índio e quem se sente negro, não quem é pardo, amarelo, daqui a pouco azul... Qual é a importância dessa distinção de cores senão a dominação do erudito sobre o coloquial, do rico sobre o pobre, do branco sobre o índio? Sabe-se que o poder simbólico esteve agindo nos bastidores desse processo histórico de formação da cultura brasileira e, nele, a terra adquiriu valor de uso e de troca. Alem do mais, isso está na Constituição, porquanto se firmou em pétreas condições que o uso da terra é social, enquanto sua troca seja comercial.
Então meus caros, que as reservas indígenas possam ser mantidas auto-sustentáveis na função social da terra, em última instância que o turismo e o artesanato sejam carro chefe da popularização dos usos e costumes índios do Brasil. Isso, fazendo com que a tradição seja alimentada e preservada aos nossos dias de amanhã, destarte, que a raposa sairá da toca e seguirá de peito-aberto ao Sol, para dourar seu pelo e lamber sua cria, alimentando o olhar firme num horizonte próspero.

domingo, 4 de outubro de 2009

TRIBOS DE TODAS AS CORES ASSIM É FORMADA A HUMANIDADE

“Todo dia era dia de índio”

Por Mônica Marzano


A presença marcante e o princípio de liberdade defendido pelas tribos viraram até mesmo temas musicais. “Curumim / chama cunhatã / que eu vou contar”, compôs Jorge Benjor e cantou Baby do Brasil. Sinfonias e concertos do “índio de casaca”, Villa-Lobos, também detinham uma pitada de orgulho pelas raízes e a necessidade de fortalecer a identidade nacional.

Mas por que o dezenove de abril? A data das comemorações foi instituída no continente como marco do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, em 1940, no México. Autoridades de diversos países discutiram os interesses dos povos indígenas, mas sem que eles estivessem presentes. Dias de evento se passaram, até que finalmente, em 19 de abril, os índios venceram o medo de agressões e resolveram participar dos debates, compreendendo a importância de decidirem os próprios rumos.


Raízes indígenas

Para falar sobre o assunto, é necessário recorrer a fatos históricos. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), há registros de que a presença humana no Brasil tenha entre 11 e 12 mil anos, mas evidências encontradas na Bahia e no Piauí comprovariam uma ocupação ainda mais antiga. Estima-se que há 500 anos, no “Descobrimento”, aproximadamente 1.300 línguas indígenas diferentes eram faladas no Brasil. Hoje são apenas 180.

Atualmente, o território brasileiro conta com cerca de 460 mil índios em 225 sociedades indígenas que vivem em aldeias. Podemos destacar: Ticuna, Guarani, Caiagangue, Macuxi, Terena, Guajajara, Xavante, Ianomâmi, Pataxó e Potiguara. No entanto, acredita-se que há entre 100 e 190 mil morando fora das terras indígenas, inclusive em regiões urbanas, e outros grupos não reconhecidos junto ao órgão federal indigenista.

No Rio de Janeiro, alguns historiadores revelam uma curiosidade. Durante boa parte do período republicano, a população indígena “desapareceu do mapa”, literalmente, inclusive nos documentos oficiais. Ela ressurgiu somente na década de 1950, quando os índios Guarani, que migraram do sul do país, estabeleceram três aldeias em Angra dos Reis e Parati, onde permanecem até os dias de hoje. Recentemente, uma nova tribo foi estabelecida em Camboinhas, em Niterói.


Somos parte da mesma tribo

Arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra... Você sabia que todas essas palavras têm origem indígena?

No início do texto, vimos as palavras “xará” e “pindaíba”, mas o que elas significam? Xará quer dizer “tirado do meu nome” e pindaíba, “anzol ruim, quando não se consegue pescar nada”. Bem parecido com o sentido que queremos dar, não é mesmo? E "curumim" e "cunhatã"? Significam menino e menina.

A influência também está no vocabulário da fauna e da flora: jaguar (cão, lobo guará), jacaré (o que olha torto, ou de banda), macaco, sagui (pelo), tapera (casa abandonada), ipê (árvore de casca grossa), piracema (a saída dos peixes). Raquel F. A. Teixeira destaca no livro "A Temática Indígena na escola” que 70% do vocabulário da Língua Portuguesa, falada no Brasil, sobre animais e plantas provêm do tupi-guarani.

O idioma está presente ainda em nomes de cidades e acidentes geográficos no país. O nome do estado de "Maranhão", por exemplo, vem de "Mar'Anhan", que significa "o mar que corre". Já "Paraná" significa "rio" no idioma indígena. "Pará" é "oceano" e "Niterói", "Baía do mar morto".

Do mesmo modo, a contribuição pode ser vista em ditados populares. Um deles é "Cada macaco no seu galho", que vem da expressão "Macaca tuiué inti hu mundéo i pú cuimbisca o pé" (Macaco velho não mete mão em cumbuca).

Avanços no ensino público

Na área educacional, a proposta é oferecer escolarização bilíngue aos povos indígenas. Desde 2004, uma deliberação do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro estabeleceu normas para a organização de escolas indígenas no estado.

A rede estadual conta hoje com três unidades: Escola Guarani Karaí Kuery Renda, situada na aldeia Sapukai no município de Angra dos Reis, e as salas de extensão Tava Mirim (aldeia Itatim) e Karaí Oka (aldeia Araponga), ambas no município de Parati.

Para colocar em discussão os rumos da educação indígena no estado do Rio de Janeiro foram organizadas esta semana cinco Conferências Comunitárias Educativas Regionais.

Amar as origens e respeitar as diferenças são lições que devemos aprender e colocar em prática. E, então, “rohóta mbo'ehaópe”? (Vamos à escola?)

http://www.educacao.rj.gov.br

LENDA INDÍGENA

Lenda dos Caingangs (caiagangues)

Vejamos a lendas dos Caingangs. Em tempos pasados, houve uma grande inundação que foi submergindo toda a terra habitada por nossos antepassados. Só o cume da serra Crinjijimbé emergia das águas. Os Caingangs , Caiurucrés e Camés nadavam em direção a ela levando na boca acha de lenha incendiadas.
Os Caiurucrés e Camés, cansados, afogaram-se; suas almas foram morar no centro da serra. Os Caingangs e alguns Curutons ( Arés ) , alcançaram a custo o cume de Crinjijimbé, onde ficaram, uns no solo, outros, por escassez de local seguros, nos galhos das arvores , e ali passaram dias e dias sem que as águas baixassem e sem comer; já esperavam morrer quando ouviram o canto das saracuras, que vinham carregando terra em cestos, lançando nas águas, que se retirava lentamente.
Gritaram eles para que ás saracuras se apressassem , e estas assim o fizeram, amiudando também o canto e convidando os patos para auxilia-las.
Em pouco tempo chegaram com a terra ao cume , formando como que um açude, por onde saíram os Caingangs que estavam em terra; os que estavam seguros aos galhos das arvores transformaram-se em macacos e os Curutons em Bugios.
As saracuras vieram com o seu trabalho, do lado donde o sol nasce, por isso nossas águas correm todas ao poente e vão ao grande Paraná (mar).
Depois que as águas baixaram os Caingangs estabeleceram-se nas imediações de Crinjijimbé. Os Caiurucrés e Cainés, cujas almas tinham ido morar no centro da serra, principiaram a abrir caminhos pelo interior delas , depois de muito trabalho chegaram a sair por duas veredas: pela aberta por Caiurucré brotou um lindo arroio e era toda plana e sem pedras , dali vem terem eles conservado os pés pequenos; outro tanto não aconteceu a Camé que abriu sua vereda por terreno pedregoso , machucando ele e os seus os pés que incharam na marcha, conservando-os por isso grandes até hoje.
Pelo caminho que abriram não brotou água e, pela sede, tiveram de pedi-la a Caiurucré, que consentiu que a bebessem quanta necessitassem.
Quando saíram da serra mandaram os Curutons para trazer os cestos, cuias e catutos cabaças que tinham deixado em baixo; estes, por preguiça de tornar a subir , ficaram ali e nunca mais se reuniram os Caingangs: por esta razão nós quando os encontramos os pegamos como nossos escravos fugidos que são.
Na noite posterior á saída da serra, atearam fogo e com cinza e carvão fizeram Tigres ( Ming ), disseram a eles: - vão comer gente e caça e os Tigres foram rugindo. Como não tinham mais carvão para pintar , só com cinza fizeram as Antas ( Oyoro ), e disseram-lhe vão comer caça , estas , porém , não tinham saído com os ouvidos perfeitos , e por esse motivo não ouviram a ordem e perguntaram de novo o que deviam fazer: Caiurucré , que já fazia outro animal, disse-lhes , gritando e com mau modo: vão comer folhas e ramos de arvores; desta vez, elas ouvindo se foram: é a razão porque as Antas só comem folhas, ramos de arvores e frutos.
Caiurucré, estava fazendo outro animal; faltava ainda a estes os dentes, língua e algumas unhas, quando principiou o amanhecer, e como de dia ele não tinha poder para faze-los , pôs-lhe as pressas uma varinha fina na boca e disse-lhe: você como não tem dentes viva comendo formigas: eis o motivo porque o Tamanduá ( iôti ) é um animal inacabado e imperfeito.
Na noite seguinte: continuou e fez muitos, entre eles as abelhas boas.Ao mesmo tempo que Caiurucré fazia estes animais , Camé fazia outros para os combater; fez os Leões africanos , as cobras venenosas e as vespas.
Depois deste trabalho marcharam a reunir-se aos Caingangs, mas viram que os Tigres eram maus e comiam muita gente , então, na passagens de um rio fundo , fizeram uma ponte de uns tronco de arvore e, depois de todos passarem, Caiurucré disse a um dos Camés que quando os Tigres estivessem na ponte puxassem esta com força, afim de que eles caíssem na água e morressem.
Assine fez o Camé; mas, dos Tigres, uns caíram na água e mergulharam, outros saltaram o barranco e seguraram-se com as unhas; o de Camé quis atira-los de novo ao rio, mas como os Tigres rugiam e mostravam os dentes, tomou-se de medo e deixou-os sair , eis porque existem Tigres em terras e nas águas.
(Lenda indígena )

NAÇÃO INDIGENA

A TERRA DOS ÍNDIOS CAIAGANGUES

Gerson Álfio De Marco


Clarear do século XIX. No vastíssimo sertão de Araraquara o que seria futuramente, o município de Descalvado. Terra de índios, ainda, terra dos caiagangues, da família dos Jês.
O rio Mogi-Guaçu, com águas largas, corredeiras, muito piscosíssimo, então, passando rente às malocas dos selvícolas. O rio do Pântano, seu afluente, nutrindo também, populações indígenas marginais com os muitos peixes que possuía então.
O rio Bonito, águas mais estreitas, a receber inúmeros riachos, em seu curto trajeto, ladeado, também, de moradias de aborígenes. Para o oeste, o rio Quilombo fadado a ser águas lindeiras entre Descalvado e São Carlos e a acostar negro fugido, daí seu nome.
Haviam águas altas que caíam no abismo profundo, falando ao temor dos índios: as do Pântano. Eis a nossa potamografia, giganteada pelo Mogi-Guaçu e arrolando inumeráveis regatos, pois o solo é prodigamente veiado por águas menores, mas valiosas.
Ao sul, a atual Serra do Descalvado, extensão do Cuscuzeiro, e o Morro do Quadrão. Para o norte, a Serra da Estrela, pouco elevada; e, mais para o sudoeste, o Morro da Janelinha.
Era o Gênesis enchendo a terra selvagem e onde o humano ainda não pisara, dominador e criativo. Densas matas cobriam essa vastidão de terras que seriam o Descalvado a vir.
A mão do homem não chegara, ainda, para derribá-las, iconoclasticamente, ao correr dos anos. Os abóriges as mantinham intactas e propícias para suas caçadas aos voláteis e aos quadrúpedes. Muitas planuras, recobertas de cerrados. Pequenos vales.
E, em tudo, o muito verde, as muitas aguadas. Caminhos não havia. Somente as trilhas dos índios. Terra para ser descoberta, pelo homem branco, com seu solo ubérrimo, sem dono.
A Flora continuava a mesma flora dos séculos anteriores, cheias de madeiras de lei.
A Fauna, a mesma fauna das centúrias anteriores, longe, ainda, da arma abatedora e dizimadora do homem branco.
Havia o silêncio milenar da terra, sem a converseira de homens estranhos, sem o pisar das alimárias da conquista e sem o atroar das armas de fogo, enchendo os ermos com a presença do caçador branco.
Era a terra bruta, inóspita, rica, formosa, sem limites. Únicos donos, os caiagangues com o seu primitivismo humano, com sua civilização prístina. Únicas presenças do homem, a do índio nas ocas esparsas pela vastidão ilimitada.
O Gênesis para o índio caiacangue, que pressentindo a presença do branco, fugiu para longe antes da chegada dos primeiros habitantes.

Kaingang Ou Caingangue.
Povo de língua da família Jê. Também conhecidos como Coroados, vivem em 26 pequenas áreas indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São aproximadamente 7.000 índios.

FILHOS DO MEIO AMBIENTE

 

LISTA DE LIVROS PREFERIDOS

Livro Ilustrado de Lingua Brasileira de Sinais Autor: Márcia Honora / Mary Lopes E.Frizanco Editora: Ciranda Cultural A Casa da Árvore Encantada Autor: Pat Hegarty Editora: Ciranda Cultural O Grande livro do Amor Autor: Trace Moroney Editora: Ciranda Cultural Os mais Belos Contos de Grimm Autor(a): Gustavo Mazali / Poly Bernatene Editora: Ciranda Cultural Categoria: Infantil Olhe Mais Perto - Criaturas do Mar Autor(a): Sue Malyan Editora: Ciranda Cultural Categoria: Enciclopédias Minha Primeira Biblioteca Histórias Bíblicas Autor: A.D. Borrill Editora: Ciranda Cultural Categoria: Bíblicos Editora: Ciranda Cultural Quincas Borba Autor: Machado de Assis Categoria: Literatura O Mulato Autor: Aluísio Azevedo Categoria: Literatura Marília de Dirceu Autor: Tomaz Antônio Gonzaga ategoria: Literatura Lira dos Vinte Anos Autor: Álvares de Azevedo Categoria: Literatura

Linda Mensagem de Perdão

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Lista de Filmes

O CAÇADOR DE PIPAS, KELVIM VERSUS KELVIM,NELL,LIBERDADE ELECANDO FILMES SOB A TERRA ( Filmes que trazem catástrofes que poderão ocorrer com a nossa terra) 10,5 – O DIA EM QUE A TERRA NÃO AGUENTOU, 2012 – O DIA DO JUÍZO FINAL, ARMAGEDON, DIAS DE DESTRUIÇÃO, FIM DOS DIAS, LONDRES, METEORO O DIA DO JUÍZO FINAL, O DIA DEPOIS DE AMANHÃ, O DIA DA DESTRUIÇÃO, PARIS 2010, TEMPESTADE, TERREMOTO, TSUNAMI.


PROVÉRBIOS

A terra atrai tanto que os velhos andam curvados.
(Provérbio armênio)
Melhor bem enforcado do que mal casado.
(Provérbio alemão)
Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu.
(Provérbio chinês)
Só se pode juntar as mãos quando estas estão vazias.
(Provérbio Tibetano)
Começar já é metade de toda ação.
(Provérbio grego)
As lágrimas dos bons caem por terra, mas vão para o céu, para o seio da divindade. (Provérbio chinês)
Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
(Provérbio chinês)

Oceano - Mares - Rios

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