MIDIAS PARA EDUCADORES E FORMADORES

La vida que voa!!!

LÁPIS GRAFITE / Linguagem Visual

Revelando lugares invisíveis com lápis grafite
Bloco de Conteúdo / Linguagem visual
Conteúdo
Desenho, pintura, escultura e colagem

INTRODUÇÃO
O mundo contemporâneo e as novas tecnologias podem muitas vezes conduzir as pessoas a relegar a um segundo plano ferramentas por vezes tradicionais, mas que continuam eficazes. O lápis é um dos mais tradicionais materiais da história das artes visuais. Os primeiros lápis de madeira surgiram por volta do século XVI, quando também descobriu-se a grafite sólida.
A base dos lápis que conhecemos hoje foi desenvolvida na França por N. J. C. Conté, na época de Napoleão Bonaparte. Esse químico criou uma mistura entre grafite e argila que, depois de aquecida, poderia ser conformada em barrinhas. Os lápis e minas de grafite que utilizamos hoje são comercializados com diferentes espessuras e durezas, que correspondem à quantidade de argila presente em sua composição: quanto maior a concentração de argila, maior a dureza da mina. Os lápis da família H são os mais duros (de H a 7H) e os da família B, os mais macios (de B a 8B), as numerações indicam o nível de dureza de cada família.
Nos séculos passados, o desenho era visto como uma linguagem de estudo, um estágio preparatório para a realização de obras em outras linguagens como a pintura, a escultura, a gravura e a arquitetura e o suporte tradicional para os trabalhos a lápis era o papel. Sobretudo a partir do século XX os artistas passaram a conferir ao desenho o status de linguagem autônoma, surgindo a possibilidade de se considerar como obra final um trabalho desse tipo. Também a grafite deixou de ser um material adequado somente para os estudos, ganhando novos suportes como a madeira e até mesmo a tela.
Explore por meio desta proposta de exercício diferentes possibilidades da tradicional parceria lápis-papel, mostrando aos alunos que a tradição também pode ser contemporânea.

Objetivos
- Motivar o desenvolvimento do processo criativo por meio da integração entre diferentes formas de expressão;
- Identificar as potencialidades expressivas dos diferentes materiais;
- Promover a socialização entre os alunos por meio da criação coletiva;
- Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens;
- Estabelecer relações entre o texto escrito e a imagem.

Conteúdos específicos
- Colagem, desenho, criação de texto

Anos
8º e 9º anos
Tempo estimado
4 aulas

Materiais necessários
Imagens impressas (de jornais, revistas, folhetos, extraídas da internet etc); cola branca; tesoura; estilete; folha de canson, cartolina ou similar tamanho A4; transparências para retroprojetor ou folhas de acetato tamanho A4; canetas para transparências; velas brancas; folhas de papéis brancos tamanho A3 (qualquer papel branco, exceto os brilhantes como o couché); lápis preto 6B, grafite integral, barrinhas de grafite; borracha; lixas de unha; fita crepe; retroprojetor; spray fixador para grafite e materiais secos.

Materiais opcionais: computador, scanner, projetor multimídia.

Desenvolvimento
1ª etapa: Criando Lugares
Cidades invisíveis é o título de uma publicação de um dos mais importantes autores do século XX, o italiano Italo Calvino. Nessa obra Calvino trata das experiências de viagem do mercador veneziano Marco Polo que teria ido de Veneza a Pequim, onde encontrou o imperador dos tártaros Kublai Khan. O imperador, que não conhecia as terras percorridas por Polo, passa a conhecer as cidades desse trajeto por meio das narrativas do mercador.
Muitos foram os autores que criaram cidades imaginárias na literatura, no cinema, na televisão: entre eles estão Monteiro Lobato que criou o Sítio do Picapau Amarelo com seus diversos arredores que incluíam não só o Arraial dos Tucanos, como também o Reino das Águas Claras; Gothan City que é a cidade do super-herói Batman; na saga O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien criou diversos reinos e cidades como Valfenda, a terra dos elfos; em Harry Potter , J. K. Rowling descreve com detalhes a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e, mais recentemente o filme Avatar, de James Cameron, revela a exuberante natureza do planeta Pandora.
Explique aos alunos que muitas vezes essas criações ocorrem de forma coletiva. Em diversas áreas como o cinema e a publicidade, utiliza-se um processo coletivo para a solução de problemas: a equipe responsável pela criação se reúne para falar de suas idéias, todas as que lhes vem à mente, por isso esse processo foi apelidado de brainstorming (tempestade de idéias). Depois essas idéias são selecionadas, organizadas e dão origem à solução buscada pelo grupo.
Que tal aproveitar esse recurso para a criação de obras coletivas?
Divida a classe em grupos para que agora eles próprios criem o seu modelo de cidade.
Oralmente, cada componente do grupo descreverá aspectos desse local imaginário: o relevo, as construções, os habitantes, o céu, etc. É importante que cada grupo tenha um redator, responsável por anotar todas as idéias que surgirem nesse momento de brainstorming.
Para motivá-los você poderá apresentar imagens ou cenas desses e de outros filmes onde apareçam diferentes localidades, sejam elas reais ou fictícias.
Para o próximo encontro peça para a turma para que levem imagens impressas relacionadas ao tema discutido(podem ser extraídas de jornais, revistas, folhetos, internet etc), tesoura, cola, cartolina ou papel canson A4 .

2ª etapa: A imagem da cidade
Retome a proposta da aula anterior, faça com que os grupos revejam as anotações feitas a respeito da criação da cidade. Em seguida, os alunos passarão à construção do visual do espaço imaginado.
Peça à turma para que selecionem e extraiam imagens das revistas, jornais, folhetos, internet e a partir delas criem na cartolina ou canson A4 uma colagem que represente a sua criação. Cada grupo de alunos elaborará assim uma colagem representando a cidade imaginada.
Para a próxima aula os alunos vão usar lápis 6B, ou grafite integral ou barrinhas de grafite, estilete (para apontar o lápis), lixas de unha, folhas de papel branco tamanho A3 (podem ser de diferentes tipos e texturas, exceto papel couché), velas brancas, canetas para retroprojetor, fita crepe e uma folha de acetato ou transparência tamanho A4 para retroprojetor por grupo.

3ª etapa: Um lugar traço a traço
Agora que a colagem foi solucionada os alunos a transformarão em um desenho a traço, elaborando uma transparência. A folha de acetato deverá ser colocada sobre a colagem e com o auxílio de uma caneta para retroprojetor os alunos deverão desenhar os contornos das formas presentes em sua composição. Não é preciso trabalhar com luz e sombra, apenas contornos de formas, mas é importante destacar que quanto mais detalhes conseguirem extrair, mais rico ficará o trabalho.
Solucionada a transparência vamos passar à projeção. Com o auxílio de um retroprojetor, cada grupo deverá projetar as linhas que extraiu da colagem da sua cidade sobre um conjunto de folhas brancas A3 adesivadas com fita crepe na parede da sala. Desse modo, a imagem inicial em tamanho A4 dará origem a um painel que poderá ser várias vezes maior do que a imagem inicial. É importante que as folhas sejam numeradas pelo verso antes de serem colocadas na parede, já que depois o painel será desmontado e as folhas serão trabalhadas separadamente, na posição horizontal. Observe que as imagens deverão ocupar todo o espaço dos papéis.
Outra possibilidade é digitalizar as imagens desenhadas e projetá-las com o auxílio de um projetor multimídia.
Agora passaremos ao desenho: utilizando as velas brancas como instrumentos de desenho as linhas projetadas sobre o conjunto de folhas (painel), serão transpostas, traçadas sobre as folhas de papel. Mostre à turma que é importante que eles calquem bem as velas sobre a superfície para que a parafina se fixe sobre o suporte, porém deve-se tomar bastante cuidado, sobretudo no momento de remover as folhas da parede, pois, a parafina não deve se desprender do suporte. Observe que a não ser pela leve diferença de textura e brilho entre a parafina da vela e o papel o desenho não será facilmente visível.
Agora as folhas desenhadas a vela serão distribuídas entre os componentes de cada grupo para que o desenho seja revelado. Neste momento cada módulo do desenho será trabalhado como uma abstração.
Os alunos deverão aplicar grafite em pó sobre a folha, esfregando-o delicadamente sobre a superfície.
O pó de grafite poderá ser obtido friccionando o lápis, grafite integral ou barrinha de grafite em uma lixa fina (pode ser uma lixa para unhas), ou ainda raspado com o auxílio da lâmina de um estilete. É importante que em um primeiro momento o grafite seja aplicado em pó, pois o atrito da ponta de um lápis sobre as linhas pode remover a parafina do papel.
Mostre a eles como aos poucos a grafite revelará as linhas desenhadas com a vela. Faça com que explorem variações de concentração do grafite em torno das linhas. Em um segundo momento, os alunos poderão aplicar a grafite diretamente com os lápis, destacando algumas áreas da composição. Uma outra possibilidade é utilizar ainda a borracha para desenhar, criando linhas e áreas mais claras entre aquelas que foram inicialmente cobertas com grafite.
Para a fixação do pó de grafite sobre a folha aplique spray fixador, inclusive durante o processo de desenho, evitando perder partes já realizadas.
Oriente a turma para que apliquem o spray fixador sobre os desenhos quando estiverem prontos. Para evitar manchas por acúmulo de fixador é importante manter uma distância de 30cm entre a válvula do frasco e a superfície do papel.

4ª etapa: Revelando as cidades imaginadas
Agora é o momento de remontar os painéis. Com base na numeração feita no verso das folhas os painéis poderão ser recompostos, e novamente aplicados na parede.
Faça uma exposição com os trabalhos realizados na classe. Aproveite o momento para que cada grupo apresente a sua cidade ou lugar imaginário, descrevendo-o para os colegas. Eles poderão ainda utilizar outros recursos no momento da apresentação, como a criação de sons e o uso de músicas para cada elemento descrito em suas narrativas.
Consultora Maria José Spiteri Tavolaro Passos
Mestre em Artes pela UNESP - SP, professora de Linguagem Visual e Estética e História da Arte na Universidade Cruzeiro do Sul e Materiais Expressivos na Universidade São Judas Tadeu
http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/revelando-lugares-invisiveis-lapis-grafite-530224.shtml

quinta-feira, 24 de junho de 2010

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(Provérbio armênio)
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(Provérbio alemão)
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(Provérbio chinês)
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(Provérbio Tibetano)
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(Provérbio grego)
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(Provérbio chinês)

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