VANTAGEM DE MORAR NO INTERIOR
jeito de morar: O interior logo ali
Muita luz, segurança, mais contato com a natureza e sossego: vantagens assim fizeram a família trocar a cidade pelo condomínio a 30 km de São Paulo
por Joni Anderson
A segurança, o contato com a natureza e a boa infra-estrutura, com serviços básicos à mão, foram fatores importantes na hora em que o casal com dois filhos decidiu trocar o apartamento em que viviam, na avenida Angélica, por uma casa em um condomínio horizontal em Cotia, a 30 km de São Paulo.
Também pudera: como comparar as limitações de um apartamento na valorizada área central paulistana com uma casa de 320 m2 nos arredores da cidade, de pé-direito enorme e ambientes amplos e integrados à natureza tudo pelo preço de um bom apartamento de três quartos?
"Nossa opção foi absolutamente consciente e estudada. O apartamento era muito bom, mas nos faltavam ar, espaço e natureza. A família estava crescendo e ainda queríamos cachorros, gatos, peixes, passarinhos", conta a designer Cláudia Vargas.
"Morar 'fora' é legal. Na cidade você se torna dependente; aqui, muitas vezes, tem que se virar sozinho, experimentar e arrumar soluções próprias para os problemas", diz seu marido, o artista plástico Alberto Lefévre.
Fachada - No alto do condomínio com terreno de 2.500 m2, a fachada de tijolos aparentes remete a uma casa de campo (acima). Uma escada de degraus cavados na terra e recobertos com grama leva ao deque de madeira da entrada, onde um banco convida a apreciar a vista privilegiada.
Por outro lado, não dá para negar que a distância é uma desvantagem. "Embora sem trânsito e engarrafamento, sempre se perde tempo com os deslocamentos, que são bem maiores", avalia Alberto. Nesse sentido, ter uma boa-infra-estrutura por perto é essencial. "A escola das crianças fica a pouco mais de 1 km de casa, gasto cinco, dez minutos de carro. Essa facilidade é importante e me deixa mais seguro."
Para Alberto, a distância nem é problema, já que ali também funciona seu ateliê. Cláudia, porém, trabalha em São Paulo. "Não acho nem um pouco cansativo ir e vir todos os dias, aliás, pegar a estrada diariamente passou a ser um ritual de rompimento com o trabalho. Entro no carro, ligo o som e esqueço o mundo! Quando chego em casa, o céu é diferente, o ar é mais úmido e o cheiro é muuuito bom", comemora. E as crianças dizem adorar.
"As pessoas ou amam ou odeiam esta casa. Alguns ficam inquietos com a estrutura: dizem que se sentem em um hotel fazenda."
Living - O primeiro bloco concentra sala de estar, de jantar, lavabo e, ao fundo, uma cozinha americana com fogões industrial e à lenha. Para aproveitar as amplas janelas, o casal optou por eliminar as cortinas. A iluminação, da arquiteta Márcia Mikai, usa um mix de lâmpadas dicróicas e halógenas, que mantém a luz difusa. As esquadrias antigas garimpadas na reforma de um colégio ficam à mostra; o piso é de pinho de riga adquirida numa antiga estação de Santos. O dono da casa espalha suas obras de técnicas variadas por toda a casa.
Suítes - Receberam uma mão de tinta acrílica branca, para manter o "caiado" original da construção, têm chão de cimento queimado, piso de mármore nos banheiros, chuveiros de cobre e vidros coloridos nas janelas. Nas noites frias, uma salamandra de ferro aquece o ambiente.
Corredor - Para separar a área social da íntima, foi projetado um corredor-galeria com janelão de vidro voltado para um agradável espelho d'água com folhagens e plantas aquáticas
O terreno irregular permite esta vista do alto do pátio
Vista - O terreno irregular permite esta vista do alto do pátio
Área de serviço - A lavanderia divide a mesma área do corredor-galeria, separada por uma parede de tijolos; a porta dividida ao meio, que leva à cozinha, veio de uma estrebaria.
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